segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Delegado de Polícia de Goiás confessa ser traficante(GO)


O delegado de Mato Grosso Arnaldo Agostinho Sottani (foto), 39, confessou atuar para o tráfico interestadual de drogas em depoimento informal na delegacia de Catalão (GO), onde foi preso em flagrante no dia 25 de outubro de 2010. As declarações foram filmadas. Ele já foi denunciado pelo Ministério Público (MP) de Goiás por tráfico e na terça-feira (18) prestará o primeiro depoimento em juízo.As declarações de Sottani à Polícia Civil embasaram também a denúncia do MP. Ele afirmou que receberia R$ 30 mil para o transporte da carga pelo qual foi preso. Ao todo eram 47 quilos de pasta-base de cocaína, parte entregue em Minas Gerais e outra em Goiás.

De acordo com as informações prestadas, no dia 19 de outubro de 2010, ele partiu de Comodoro (644 km a oeste de Cuiabá) pilotando a aeronave Neiva, modelo N-592-420, prefixo PP-XLB. Foi para São João Del Rey (MG). Lá, deixou com 2 outros membros da quadrilha 30 quilos de cocaína.

No dia 25 de outubro, com o mesmo avião, Sottani seguiu para Goiás com os outros 27 quilos da droga. O destino era Caldas Novas (GO), onde outros membros da quadrilha o aguardavam. Mas, devido ao mau tempo, não conseguiu pousar e seguiu para Catalão onde pousou às 14h do mesmo dia no aeroporto da cidade, às margens da rodovia GO-330.

Em Catalão, ele entrou em contato com os demais membros da quadrilha, que buscariam a droga. Por volta das 19h, Sottani e 2 indivíduos não identificados, em uma camionete Toyota/Hilux, foram até o aeroporto e transferiram a carga para a caminhonete.

Policiais militares da cidade receberam uma denúncia anônima e, ao pararem a Hilux, Sottani já desceu se identificando como delegado. Enquanto era entrevistado pelos policiais militares, os demais ocupantes fugiram levando a cocaína. Mas resquícios da droga foram encontrados na aeronave.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, Sottani se associou a pessoas de Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais para o tráfico. “Restou evidenciado que o denunciado Arnaldo prevalecia-se do cargo de delegado de Polícia do Estado de Mato Grosso para a prática de tráfico interestadual de cocaína. Para o transporte da cocaína Arnaldo receberia R$ 30 mil, tendo já recebido R$ 5 mil para despesas durante a viagem”, diz parte da denúncia.

O promotor Mário Henrique Cardoso Caixeta denunciou o delegado por tráfico e associação ao tráfico. A pena pode chegar a 25 anos de prisão.

Corregedoria – No dia 30 de dezembro, em depoimento à Corregedoria da Polícia Civil de Mato Grosso, Sottani apresentou outra versão e negou o envolvimento com o tráfico. O processo que ele responde na Corregedoria está na fase de instrução prévia (quando são colhidos depoimentos e provas). A pena, neste caso, pode chegar à expulsão da Polícia.

O delegado atuava em Comodoro e tirou licença médica no dia 25 de setembro de 2010, pelo período de 90 dias, cerca de 1 mês antes de sair com o carregamento de droga.

Ele já responde a um processo por abuso de autoridade e tortura, que tramita em Cuiabá. Sobre este último processo, a Polícia Civil não fez comentários. O crime teria sido praticado contra um preso e a denúncia envolve mais 3 policiais civis. Sottani não quis assessoria jurídica do sindicato da categoria de Mato Grosso e contratou 2 advogados de Goiás, que não foram localizados. Ele continua preso.
Meus Bruxos e como diz a musica, "Polícia para quem precisa de Polícia...."

Fonte: Blog Amigos da Caserna

Um comentário:

  1. Delegado podre maldito como pode? agente acha que esses caras ganham muitooooo bem pra proteger agente nao pra ser traficante que horror mas o maior absurdo e que ainda deve estar recebendo salario e que salario......

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