domingo, 12 de junho de 2011

Rebelião no presídio de Areia Branca

Operação Padrão gera rebelião no presídio de Areia Branca

Os internos do presídio de Areia Branca, a 36 km de Aracaju, iniciaram uma rebelião às 8h deste sábado, 11. A situação só foi controlada depois da intervenção de equipes de agentes penitenciários e do Grupo de Operações Especiais da unidade prisional tentam. Um interno ficou ferido no pé.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado de Sergipe (Sindipen), Iran Alves, a rebelião ocorreu em duas alas. Os presos quebraram grades, cadeados e móveis. A confusão começou porque os agentes, sob protesto, estão realizando a ‘Operação Padrão” desde quinta-feira, 9, o que decorreu na interrupção da visita íntima, Também estão prejudicados os serviços de escolta e entrega de alimentação complementar pelos familiares.

Mesmo com a manifestação dos agentes, várias mulheres de internos compareceram tanto à unidade de Areia Branca quanto ao Complexo Penintenciário Manoel Carvalho Neto (Copencam), em São Cristóvão, e nos presídios de Nossa Senhora da Glória e de Tobias Barreto. “Só liberamos a entrada porque muitas delas vêm de outras cidades ou até de outros estados. Mas queremos avisar que a interrupção nos serviços só acaba quando nossa situação for resolvida. Essas mulheres vieram porque o diretor do Desipe insistiu em dizer que tudo estaria normal”, criticou Alves.

'Operação Padrão' começou na quinta-feira, 9

No Copencam também houve tumulto na sexta-feira, e no início da manhã deste sábado, mas o problema foi logo controlado. As mulheres dos detentos também protestaram pela falta de visita. Algumas delas ainda entraram na unidade, mas ainda assim a visita íntima não ocorreu. “Lá não tem nem lugar, porque os espaços destinados para isso viraram celas. Quando as mulheres vão visitar os companheiros, ficam todos os casais em uma única cela”, denuncia.

Iran Alves disse que os internos que se rebelaram serão os maiores prejudicados. “Só vamos liberar as visitas para os presos que se comportaram hoje”, avisou o presidente do Sindipen. Além dessas unidades, a visita íntima está suspensa nos presídios de Nossa Senhora da Glória e Tobias Barreto. De acordo com Alves só serão liberadas as visitas nas unidades que disponham de local adequado, como o Cadeião de Nossa Senhora do Socorro, o Presídio Feminino de Aracaju e o Complexo Penitenciário Advogado Antônio Jacinto Filho (Compajaf).

Reivindicações
De acordo com o presidente do Sindipen, a categoria reivindica isonomia salarial, plano de carreira e a realização de concurso público – pois hoje são 12 agentes para dois mil presos, quando, de acordo com a legislação, são cinco presos para cada agente.

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