terça-feira, 21 de junho de 2011

Agente prisional Wesley da Silva Santos morreu durante uma rebelião.

A Polícia confirmou no fim da tarde desta segunda-feira (20) que o agente prisional Wesley da Silva Santos, de 24 anos, morreu em conseqüência de um tiro de escopeta calibre 12, disparado por um policial militar durante uma rebelião ocorrida no início da tarde na Penitenciária Central do Estado de Mato Grosso (antigo Presídio do Pascoal Ramos).
Também morreu no início da noite o detento Uenes Brito dos Santos, de 22 anos. Ele havia sido atingido por um disparo feito pela Polícia, mas não resistiu ao ferimento, falecendo no Pronto-socorro de Cuiabá.
Com a confirmação da causa da morte do agente, a delegada Anaíde Barros, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), deverá solicitar exame de balística para saber de qual arma o cartucho foi disparado. Além do agente prisional, outros dois detentos foram baleados no motim, ocorrido no raio 3. A nformação inicial extraoficial é era de que o agente tinha sido morto a golpes de "chuços" (armas artesanais).
Wesley foi empossado no último dia 3 de junho. Ele estava em segundo plantão enquanto agente penitenciário e, conforme alguns colegas, ainda estava sem experiência para momentos de tensão no qual a categoria convive no dia a dia.
Wesley foi baleado num corredor do raio 3, onde ocorreu o confronto entre os policiais e os mais de 300 presos amotinados. O cadáver foi retido por outros agentes prisionais e colocado no setor do alojamento dos agentes. Peritos do Instituto de Criminalística (IC) estiveram no local fazendo a perícia.
Wesley estava em companhia de outro agente prisional - de pré-nome Antenor -, que possui curso de luta livre e conseguiu escapar dos detentos, mas ficou em estado de choque. Ele teve que ser levado ao Pronto-socorro de Cuiabá (PSC).
Segundo a polícia, o motim começou depois que os presos questionaram o cancelamento de visitas.
Na ação, a Polícia Militar baleou três detentos: um ficou gravemente ferido com três tiros e foi levado ao Pronto-socorro por uma ambulância do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu). Outro preso levou um tiro de raspão na cabeça e outro na perna.

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