sábado, 26 de março de 2011

Sequestro-relâmpago de Vereador em Monte Santo de Minas

Um vereador da cidade de Monte Santo de Minas, no Sul de Minas, foi vítima de um sequestro-relâmpago na manhã desta sexta-feira (25). Osvaldo de Paula (PTB), 53 anos, mora na zona rural do munícipio e seguia para a Câmara Municipal da cidade, onde haveria uma sessão de cassação de outros quatro vereadores, quando foi abordado por dois homens em uma estrada de terra. Os homens levaram o vereador para um canavial em Cássia dos Coqueiros, no Estado de São Paulo.

De acordo com a Polícia Militar de Monte Santo de Minas, os homens não machucaram o vereador, mas levaram o carro do parlamentar, um Fusca.

O vereador encontrou um morador perto do canavial e pediu ajuda. A polícia paulista foi acionada e os militares levaram o homem de volta a Monte Santo de Minas.

Segundo o presidente do partido José do Carmo de Paula Braga (PTB), o sequestro relâmpago teria motivação política. “Precisávamos de seis votos favoráveis à cassação dos vereadores e o Osvaldo votaria conosco, da oposição, e, curiosamente ele sofre esse sequestro. Algo está errado”, afirmou o presidente do partido no munícipio.
A sessão já havia sido encerrada quando o vereador chegou a cidade. “Ele estava muito abalado, coitado. Não conversamos muito sobre o ocorrido, ele foi para casa descansar”, disse Braga.

De acordo com a polícia militar, ninguém foi preso e não há ainda suspeitos do crime.

Sessão cassou quatro vereadores do município

A sessão de cassação de outros quatro vereadores foi realizada, nessa sexta-feira (25), apesar da ausência do vereador Osvaldo de Paula. Durante a sessão, os vereadores Paulo Márcio Secundo dos Santos (PSDB), Maria Isabel Viana dos Santos (PMDB), Antônio Nunes Machado (PSC) e Ronaldo Bernardo (PSDB) foram cassados por 6 votos a 2. A cassação ocorreu porque em junho do ano passado os parlamentares deram posse ao segundo colocado nas eleições para prefeito, Militão Paulino de Paiva, em uma reunião que não teve a participação da presidente da casa, Diomar Mariotti. A decisão foi tomada após a cassação da primeira colocada nas eleições municipais, Sandra Aparecida Cecílio da Silva.

Segundo a assessoria jurídica da Câmara, a posse teria sido ilegal, já que a presidente não participou. Ela entrou na Justiça e conseguiu uma ordem para a realização de outra cerimônia de posse, que manteve Militão no cargo. Ainda conforme a Câmara, os vereadores cassados nesta sexta-feira (25) podem entrar com um mandado de segurança na Justiça para tentar reaver os cargos.

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