domingo, 6 de fevereiro de 2011

Como Seria a sociedade se vivêssemos sem roupas?

Bom dia a todos e o melhor dia de todos, bem meus amigos estava vendo uma reportagem sobre modas, como não sei nada de moda não posso postar nada do gênero, e aliais, diga-se de passagem, eu não gosto muito de moda, gosto de uniformização de ações e roupas, mesmo sendo um pouco anarquista(KKKKKKKKKKK).

Se a humanidade não usasse roupas ela estaria até hoje concentrada em regiões quentes, próximas aos trópicos.

No mundo em que vivemos atualmente somos impulsionados a querer sempre mais. Se tenho um sapato negro, quero um vermelho, outro azul, outro amarelo. Quero uma bolsa de cada cor também, a melhor gravata, é claro que quero comprar aquela roupa da nova coleção daquela marca tão famosa.

Existem movimentos em crescimento que ando vendo pela internet, onde as pessoas buscam algo que perdemos faz tempo. Comprar coisas de boa qualidade elaborados com cuidado para que não durem apenas 6 meses.

Comer produtos frescos e sem agrotóxicos cultivados por você mesmo ou por alguém conhecido.

Comprar produtos com menos embalagem possível.

To bom que é bonito um produto bem embalado ou apresentado. Mas pense que tudo isso vai para o lixo depois de 5 minutos. E que a roupa da moda com exclusividade passara a ser igual para todos.

O Menino sem roupa vive num lugar chamado Consumolândia onde quase todo mundo está sempre comprando, consumindo alguma coisa, ou mais que isso, quase todo mundo acha importante, fundamental, possuir alguma coisa e mostrar isso como se fizesse alguém melhor.

Assim uma vizinha do Menino sem roupa, moradora da Consumolândia, saiu outro dia com a mãe para comprar uma blusinha, na volta no caminho já com a blusa vestida e toda exibida viu um cãozinho com a pata machucada, chorando e pedindo ajuda:

- Menina de blusa nova me ajude eu fui atropelado.

E a Menina de blusa nova ao ouvir o cãozinho machucado pedindo socorro respondeu:
- Não vou te ajudar quem mandou você ser um cão rabugento.

O Menino sem roupa ao ver o cãozinho machucado logo o levou para casa e dele bem cuidou.
Mas na Consumolândia de tudo acontece, até conflito de quem gastava mais dinheiro consumindo.

Certa vez, o primo do Menino sem roupa comprou uma bicicleta e outro garoto comprou apenas um velocípede. Como a bicicleta custou mais dinheiro que o velocípede, o primo do Menino sem roupa se achou no direito de jogar para fora do parque o garoto e seu velocípede e disse:

- Afaste seu brinquedinho do parque, pois minha bicicleta é maior e mais cara que ele.
O Menino sem roupa, que não está preocupado com o que é mais caro ou mais barato logo levou o menino com o seu velocípede para casa e com ele brincou.

Outra vez uma senhora foi ao centro da Consumolândia, consumir claro, e na fila de espera para o pagamento de um objeto comprado foi empurrada por uma pessoa mais jovem e ao mesmo tempo perdeu a vez e perguntou:
- Por que você fez isso?

A pessoa que a empurrou, o “furão”, respondeu perguntando:
- Por que, não gostou? Aqui eu já estava e estou consumindo mais que a senhora, o mundo é assim e nunca vai mudar.

Depois disso dali saiu a senhora chorando magoada pelo comportamento egoísta e hostil do homem na fila de espera.

Já fora do lugar ao ver a situação o Menino sem roupa perguntou à senhora o que tinha acontecido, ela descreveu tudo ao Menino sem roupa. Após isso ele falou:
- Não fique assim senhora, na nossa sociedade as pessoas costumam tratar as outras por aquilo que elas possuem materialmente e não por aquilo que realmente interessa: aquilo que elas são.

Nesse lugar, a Consumolândia, existe coisas “estranhas”: uma pessoa fica num microfone anunciando ofertas de objetos e outras pessoas se empurram, brigam, se xingam e tudo mais que você imaginar. E nisso alguém perguntou ao Menino sem roupa:
- Por que você está sem roupa?

Ele respondeu:
- Porque eu posso viver sem roupa, se disserem o contrário disso, não é vontade minha é a vontade e interesse de alguém.

Assim, o que parecia importante de verdade para o Menino sem roupa não era roupa ou outro consumo qualquer ou acumulo dele, e sim a soma de amigos que ele pudesse fazer: a gratidão do cãozinho, o garoto do velocípede, a senhora da fila, são exemplos disso

Se não descobríssemos as roupas, estaríamos até hoje concentrados em regiões quentes, próximas aos trópicos. Seríamos mais parecidos uns com os outros, já que toda a diversidade aparente da espécie humana, cor da pele, dos olhos ou dos cabelos são meras adaptações ao clima. A utilização de roupas foi uma importante conquista para a adaptação do homem em regiões mais frias do globo, seguindo as rotas migratórias dos animais e aumentando a oferta de alimentos. Outra evolução muito visível foi a crescente perda de pêlos. Se não usássemos roupas, seríamos provavelmente negros e cobertos de pêlos.

Das peles de animais ou das folhas de parreira até a poderosa indústria da moda, as roupas contam uma história tão antiga que remonta ao início da espécie humana. Vestir roupas nos define como espécie, tanto quanto a capacidade de usar ferramentas, de andar eretos ou de programar o videocassete.

A primeira explicação para o homem usar roupas parece óbvia: proteger-se do frio. Ao migrarem para regiões mais frias em busca de alimento, há cerca de 100 mil anos, grupos humanos passaram a enfrentar temperaturas mais baixas.

A ocupação dessas regiões permitiu a expansão da espécie humana, sua multiplicação e diversificação.

O outro motivo para usar roupas é cultural e está ligado à descoberta do sexo. Ao andar ereto, o homem passou a deixar à mostra sua genitália: as roupas indicam o início da consciência moral de nossa sexualidade. Essa consciência está na raiz, entre outras coisas, da diferenciação entre os gêneros, do amor e do casamento.

Seja qual tenha sido sua utilização original, as roupas logo se tornaram símbolos de poder. Tinha frio e cobria-se, não há dúvida. Mas também não há dúvida que, poucos dias depois da invenção do primeiro traje de peles, se terá criado a distinção entre os bons caçadores munidos das suas peles, conquistadas pelo preço de um dura luta e outros, os inaptos, os sem-peles. Não é preciso muita imaginação para enxergar a circunstância social em que os caçadores envergaram as peles, já não para proteger-se do frio, mas para afirmar que pertenciam à classe dominante.


As imagens mais antigas de homens usando algum tipo de traje confirmam a utilização das roupas como forma de diferenciação entre os indivíduos, seja para identificar o mais forte entre os caçadores, seja para distinguir o sagrado.

Essa distinção é tanto maior quanto mais sofisticadas forem às relações entre os homens. Ou seja, quanto mais as sociedades vão criando tipos e classes de pessoas, mais se diversificam as roupas e vestimentas.

Segundo Valerie Gros, publicitária brasileira que trabalha no departamento de Comunicação Internacional da grife Morgan, em Paris, a dificuldade para imaginar uma sociedade sem roupas está justamente na perda da diferenciação entre os indivíduos.

Uma coisa é certa: os homens procurariam outras formas de se diferenciarem uns dos outros, utilizando algum símbolo exterior para isso.

Em uma sociedade onde não exista nenhuma identificação aparente das pessoas é uma coisa simplesmente irreal. Mesmo tribos primitivas de indígenas brasileiros, por exemplo, obtêm essa diferenciação com pinturas corporais e adereços.

Elas são um exemplo de como seríamos se não usássemos roupas, acredita.

A evolução das roupas priorizou a diferenciação hierárquica e a ornamentação com o propósito de tornar a silueta humana mais atraente para o sexo oposto, em um mundo onde não houvesse roupas estaríamos todos liberados das relações de poder e da necessidade de criar atração sexual. Dá para imaginar?

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