Já está decidido. O governador reeleito Antonio Anastasia (PSDB) e o ex-governador e senador eleito Aécio Neves (PSDB) decidiram que o novo governo será de continuidade, como não poderia deixar de ser, mas não terá a marca do continuísmo. Por isso, haverá uma profunda mudança. Nas primeiras conversas entre Anastasia e Aécio sobre o processo de montagem da nova equipe de governo, eles consideraram que os atuais integrantes dos altos escalões do estado cumpririam com êxito a missão que lhes foi dada, mas que é preciso uma renovação, para dar um novo gás ao governo Anastasia. Foi definido, por exemplo, que todos os ocupantes dos cargos de secretários, adjuntos, subsecretários e dirigentes e assessores de empresas estatais, autarquias e fundações serão exonerados. Alguns poderão voltar, outros podem ser remanejados, mas a tendência é de uma ampla reformulação.
O governador Antonio Anastasia ainda não definiu se o anúncio da nova equipe, pelo menos o secretariado, será feito antes da posse, em 1º de janeiro. Vai depender das negociações políticas. É certo que ele procurará dar um estilo mais técnico, pelo menos em áreas vitais e na equipe econômica. Por outro lado, é possível que algumas demandas políticas sejam atendidas. Por exemplo, para que Bonifácio Andrada (PSDB-MG) possa assumir uma cadeira na Câmara dos Deputados no ano que vem, já que não se reelegeu, Anatasia teria que convocar pelo menos dois deputados federais que foram eleitos na coligação que tinha o PSDB e o DEM, entre outras legendas.
O sentimento no Palácio da Liberdade, no entanto, é que essas necessidades serão tratadas de forma pontual, já que o objetivo é dar uma injeção de ânimo no novo governo.
Agenda tucana
O PSDB terá três momentos importantes no ano que vem, do ponto de vista eleitoral. A formação dos governos estaduais, já que o partido saiu-se bem, apesar de tudo, nas disputas nos estados. As convenções municipais, que estão previstas para março. E, finalmente, o prazo final de filiação partidária para a disputa de 2012, que um ano antes da eleição. O detalhe é que as últimas duas convenções municipais foram adiadas sine die. Por conta de desavenças internas, os tucanos foram regidos por comissões provisórias.
Sou contra
Como praticamente a metade da Câmara dos Deputados não se reelegeu, pode ser que fique complicada a aprovação, ainda este ano, de aumento de salário para os parlamentares. O deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), que disputou uma vaga no Senado e perdeu por pouco no Paraná, avisa que é contra e que vai criar caso. Para ele, o ônus de votar propostas impopulares, como o reajuste do próprio salário e a volta da CPMF, deve ficar para a próxima legislatura.
Divisão do bolo
A pressão foi grande e as emendas de bancada serão mantidas no ano que vem. A bancada de Minas, por exemplo, recebeu pedidos de reitores de universidades e de desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Sem falar em Nárcio Rodrigues (PSDB-MG), espécie de líder do governo Anastasia na bancada. Resultado: das 22 emendas, quatro serão para o estado, uma para Prefeitura de Belo Horizonte, duas para as universidades definirem e uma para a construção do prédio do TRT, que hoje é alugado. Cada senador fará indicação de uma e grupos de seis deputados farão emendas regionalmente.
Texto reproduzido na integra do site: CLIC FOLHA
O governador Antonio Anastasia ainda não definiu se o anúncio da nova equipe, pelo menos o secretariado, será feito antes da posse, em 1º de janeiro. Vai depender das negociações políticas. É certo que ele procurará dar um estilo mais técnico, pelo menos em áreas vitais e na equipe econômica. Por outro lado, é possível que algumas demandas políticas sejam atendidas. Por exemplo, para que Bonifácio Andrada (PSDB-MG) possa assumir uma cadeira na Câmara dos Deputados no ano que vem, já que não se reelegeu, Anatasia teria que convocar pelo menos dois deputados federais que foram eleitos na coligação que tinha o PSDB e o DEM, entre outras legendas.
O sentimento no Palácio da Liberdade, no entanto, é que essas necessidades serão tratadas de forma pontual, já que o objetivo é dar uma injeção de ânimo no novo governo.
Agenda tucana
O PSDB terá três momentos importantes no ano que vem, do ponto de vista eleitoral. A formação dos governos estaduais, já que o partido saiu-se bem, apesar de tudo, nas disputas nos estados. As convenções municipais, que estão previstas para março. E, finalmente, o prazo final de filiação partidária para a disputa de 2012, que um ano antes da eleição. O detalhe é que as últimas duas convenções municipais foram adiadas sine die. Por conta de desavenças internas, os tucanos foram regidos por comissões provisórias.
Sou contra
Como praticamente a metade da Câmara dos Deputados não se reelegeu, pode ser que fique complicada a aprovação, ainda este ano, de aumento de salário para os parlamentares. O deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), que disputou uma vaga no Senado e perdeu por pouco no Paraná, avisa que é contra e que vai criar caso. Para ele, o ônus de votar propostas impopulares, como o reajuste do próprio salário e a volta da CPMF, deve ficar para a próxima legislatura.
Divisão do bolo
A pressão foi grande e as emendas de bancada serão mantidas no ano que vem. A bancada de Minas, por exemplo, recebeu pedidos de reitores de universidades e de desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Sem falar em Nárcio Rodrigues (PSDB-MG), espécie de líder do governo Anastasia na bancada. Resultado: das 22 emendas, quatro serão para o estado, uma para Prefeitura de Belo Horizonte, duas para as universidades definirem e uma para a construção do prédio do TRT, que hoje é alugado. Cada senador fará indicação de uma e grupos de seis deputados farão emendas regionalmente.
Texto reproduzido na integra do site: CLIC FOLHA
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