Um homem e duas adolescentes foram surpreendidos na madrugada desta quinta-feira nas imediações da penitenciária Maurício Henrique Guimarães Pereira (P-II), em Presidente Venceslau (SP), tentando arremessar aparelhos celulares para o interior do presídio. Eles pretendiam usar uma "besta", espécie de arco e flecha utilizada no período medieval, para o lançamento dos equipamentos. A tentativa já havia ocorrido outras vezes com o emprego de arco e flecha, pipa e até aeromodelo.
A P-II está localizada no km 623 da Rodovia Raposo Tavares (SP-270), a oeste de São Paulo, e é uma unidade de regime diferenciado. Considerada de segurança máxima, ela recolhe os principais membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios paulistas. Entre os presos está Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado pela Justiça como o líder maior da facção.
Conforme o major Donizete Martins dos Reis, comandante do 42º Batalhão da Polícia Militar, uma equipe suspeitou dos integrantes do bando, que foram abordados para inspeção rotineira. Eles informaram que aguardavam o reparo no veículo, que havia se chocado em um barranco na entrada da cidade. Questionados, porém, confessaram que estavam na cidade para tentar arremessar alguns objetos para o interior da penitenciária.
Sheny de Mora Rolim, 24 anos, contou que receberia R$ 3 mil pelo trabalho e disse que cada adolescente ganharia R$ 1 mil. Uma das jovens informou que esteve no Paraguai para adquirir o equipamento junto com outra pessoa de Presidente Prudente e afirmou que elas treinaram durante duas semanas em um sítio para fazerem os arremessos. Os suspeitos foram encaminhados para o plantão da Polícia Civil e Sheny pode ser indiciado por formação de quadrilha e corrupção de menores. As adolescentes foram apreendidas e levadas ao Ministério Público
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