sábado, 25 de junho de 2011

História de Chico Picadinho

Chico Picadinho
Olá crianças, como estão? Vou contar a histórias de alguns serial killers famosos que andaram pelo mundo matando e aterrorizando as pessoas com seus crimes brutais e sua forma fria de agir. Hoje vou começar com um dos mais ilustres (por assim dizer!) assassinos em serie do Brasil: o Chico Picadinho.
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Vida: Francisco Costa Rocha (vulgo Chico Picadinho) nasceu em 27 de abril de 1942 na cidade de Vila Velha, Espírito Santo.
Seu pai, também Francisco, era um exportador de café, poderoso, bem sucedido, casado e pai de seis filhos. Enérgico e violento, Francisco começou um relacionamento extra-conjugal com Nancy. Ela teve dois abortos impostos pelo amante, além de ter sido ameaçada de morte pelo mesmo, antes do nascimento de Chico, que cresceu em meio a um clima de rejeição do pai.
Sempre curioso, o menino Francisco, matava gatos para testar suas sete vidas. Enforcava-os em árvores e afogava-os em vasos sanitários.
Apanhava bastante e quase perdeu a mão, ao ser punido com lambadas dadas com as costas de uma faca que o acertou com o lado errado. No colégio era briguento, desatento, dispersivo, irrequieto, indisciplinado e displicente.
Aos 16 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro com a mãe e seu, até então, companheiro.
Em 1965, Chico mudou-se para São Paulo para tentar, então, a carreira de corretor de imóveis.
Ganhava bem e não tinha horário fixo, o que lhe permitia divertir-se em bares.
Freqüentava teatros com passe livre cedido por parceiros sexuais, lia Nietzsche e Dostoiévski, experimentava todo tipo de droga e participava de orgias.
A agressividade sexual que lhe dava prazer se acentuava cada vez mais. Tornou-se um viciado na vida boêmia de tal forma que precisava sair todas as noites para beber e fazer sexo.
Primeiro Assassinato: Foi em agosto de 1966, no apartamento da Rua Aurora (centro de São Paulo), que Chico Picadinho fez a sua primeira vítima. A bailarina austríaca Margareth Suida, com 38 anos na época, era uma conhecida dos amigos de Chico, e foi convidada pelo mesmo para ir ao seu apartamento. Ela aceitou, óbvio!
Pelas roupas de Margareth sobre o pé da cama e sua lingerie colocada na poltrona, ela ficou nua por vontade própria. Os lençóis estavam bagunçados, e os cinzeiros cheios de bitucas de cigarros. Pela quantidade, os cigarros foram consumidos por duas pessoas. Horas se passaram antes que Margareth fosse morta.
A relação sexual que tiveram deve ter seguido o padrão de violência que Francisco descreveria como sendo habitual com “certos tipos de mulher”. Margareth apresentava várias mordidas perto dos seios e do pescoço, além de um hematoma no nariz.
Já no banheiro, Francisco colocou o corpo de Margareth na banheira, de barriga para cima. Com uma gilete, retirou seus mamilos e começou a retalhar o corpo de sua vítima.
O processo a que submeteu o cadáver da mulher estaria mais próximo de uma dissecação do que de um esquartejamento.
Suas partes moles, como seios e músculos, foram recortadas e removidas. Ela foi eviscerada.
Sua pelve também foi retirada. Francisco tentou se livrar de algumas vísceras jogando-as no vaso sanitário, mas mudou de idéia no meio do processo.
Foi até a cozinha e pegou um balde de plástico, dentro do qual guardou cada pedaço que cortava. Quando terminou de descarnar boa parte da frente do corpo da vítima, Francisco a virou de bruços, ainda dentro da banheira.
Dissecou a metade direita das costas e arrancou um pedaço das nádegas. Ao voltar a si, e perceber o que havia feito, sentiu extrema repulsa de si mesmo. Perplexo com seus atos, limpou-se com o álcool que estava na garrafa em cima da mesa do quarto e vestiu-se rapidamente. Esperou seu colega de quarto chegar, e contou-lhe, sem detalhes, que havia matado uma pessoa e que precisaria de tempo apenas para avisar a mãe sobre o ocorrido e contratar um advogado.
Na mesma noite seu amigo o denunciou para polícia. Dois dias depois Francisco foi preso, ainda no Rio, e confessou o crime com detalhes. Porém, Francisco não soube apresentar um motivo para o assassinato. Foi condenado a 18 anos de prisão, tendo sua pena posteriormente substituída por 14 anos, 4 meses e 24 dias.
Segundo Assassinato: Em junho de 1974 (sim crianças, apenas oito anos!), teve liberdade condicional concedida pela Justiça por bom comportamento, e dois anos depois, em um apartamento na Avenida Rio Branco (também no centro de São Paulo), ele esganou até a morte a prostituta Ângela de Souza da Silva, com 34 anos na época, durante a relação sexual.
Novamente, retalhou o cadáver (dessa vez com um serrote, uma faca e um canivete), arrancando os seios, abrindo-o pelo ventre, retirando as vísceras e jogando-as no vaso sanitário. O plano não deu tão certo, pois o encanamento entupiu. Percebendo que, dessa forma, não conseguiria se livrar do cadáver, resolveu recomeçar, dessa vez picando tudo, para facilitar, assim, o transporte.
O esquartejamento continuou, então, na parte da cabeça. Retirou os olhos e retalhou a boca para diminuir o tamanho do crânio. Após ter desmembrado, abriu a água do chuveiro, lavou as partes do corpo na banheira e acondicionou-as em sacos plásticos. Francisco acredita que levou entre três e quatro horas “trabalhando” no corpo de sua vítima. Mais uma vez, ele foi denunciado por um colega de quarto, que encontrou a mala e a sacola com o corpo retalhado de Ângela (o qual inicialmente ele pensou ser pedaços de manequim), na sacada do apartamento.
Chico fugiu de São Paulo, sendo encontrado pela polícia, e preso, 28 dias depois em Duque de Caxias. Pelo novo crime foi condenado a 22 anos e seis meses de prisão, porém, veredicto de culpado não foi unânime: quatro jurados votaram sim, três votaram não.clip_image002
Em abril de 1998, Francisco Costa Rocha deveria ser libertado, já que de acordo com “as piadas” leis brasileiras um criminoso pode viver atrás das grades por, no máximo, 30 anos. Porém, ele continuou preso na Casa de Custódia de Taubaté por estar “despreparado para viver em sociedade”. Na decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, pesou o medo de o crime se repetir.

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