Três corpos desaparecidos no interior do Cemitério Luiz Smargiassi, em Guaxupé.
O caso reflete a agonia da dona de casa Altemízia Pinheiro, que procura os restos mortais do sogro, João Cândido, o ex-marido, João Roberto Aparecido e o pai dela, José Pinheiro Filho.
Na tarde de hoje(03-02), uma equipe do cemitério realizou escavações em dois terrenos diferentes, a fim de encontrar as ossadas. No entanto, após 2h30 de trabalho, somente foram encontrados pedaços de ossos supostamente de pernas e vestuários femininos. “Nós descartamos a hipótese de serem os parentes dela, pois são objetos de mulher”, afirmou o administrador do cemitério, Jurandir Santana.
Também presente ao local, a diretora da Emurb (responsável pelos jardins dos mortos em Guaxupé), Luzia Angelini Silva, admitiu não saber o que fazer. “Estou desconfiada de que estes corpos não estão aqui, pois não é possível haver um engano tão grande assim! As coisas, antigamente, eram menos organizadas, mas não se pode admitir que houve um erro tão escandaloso!”, ressaltou Luzia, que admitiu não saber ainda como solucionar o problema.
Evidentemente chateada com a situação, Altemízia levou hoje ao cemitério um vizinho seu, José Alves de Souza, que a ajudou no sepultamento do pai dela, há quatorze anos. “Eu me lembro que era por aqui mesmo, mas o lugar exato eu não posso afirmar”, disse José. “Gente! O que vai acontecer agora? Não posso ficar sem estes restos mortais, pois é questão de honra para mim encontrá-los”, desesperou-se a dona de casa.
Conforme a documentação apresentada por Altemízia, os três enterros aconteceram, respectivamente, em 26 de fevereiro de 1966 (João Cândido), 4 de janeiro de 82 (João Roberto) e 29 de março de 96 (José). A descoberta sobre o sumiço dos corpos aconteceu porque a cunhada de Altemízia, Diana Elvira Vera, que é proprietária do terreno onde eles foram sepultados, solicitou que as ossadas fossem retiradas para ela vender o lote. Desde então, iniciaram-se os problemas
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