terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Continua sindicância que investiga a fuga de interno do presídio de São Sebastião do Paraiso

A sindicância interna que apura as circunstâncias da fuga do preso Adriano Antônio Limeira,33, do presídio em São Sebastião do Paraíso continua em andamento. O caso foi registrado, em 2 de dezembro, sendo considerada a primeira fuga da unidade prisional após o local ter sido assumido pela Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi). O diretor Júlio Rodrigues dos Santos confirmou que o presídio passou por uma operação pente fina nos primeiros dias deste ano.

Aguardamos o resultado das investigações que apura a fuga do preso, ocorrida há mais de um mês em plena luz do dia. Na oportunidade o interno Adriano Antônio com a ajuda de outros presos teria saltado o muro e empreendido fuga. Adriano era considerado um preso de alta periculosidade com fortes indicações de pertencer a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) que segundo informações extra-oficiais possui ligações com pessoas da cidade.

Adriano estava recolhido no presídio de Paraíso desde 9 de fevereiro de 2010 quando foi pego pela Polícia Militar, em cumprimento a um mandado judicial da juíza Sueli Zeraik Armani de Menezes, da Vara de Execuções Criminais de Taubaté (SP). Foragido da justiça de São Paulo, quando preso ele tentou e passar por Adriano Joselino do Nascimento Conceição, mas a farsa foi descoberta. Contra ele consta acusação por latrocínio (roubo seguido de morte) em um crime praticado em São Paulo no ano de 2008, quando teria matado um policial. Adriano também era considerado fugitivo da penitenciária de Taubaté.

Fuga e investigação

O diretor do presídio Júlio Rodrigues dos Santos confirmou a fuga ao Jornal do Sudoeste e disse que uma sindicância foi instaurada para apurar as causas do ocorrido. “Já foi aberta uma sindicância e os agentes de serviço naquele horário estão sendo ouvidos em um trabalho de apuração interna”, anunciou. Ele adiantou que o promotor de justiça, Carlos Emílio Walter acompanhava as investigações. Na oportunidade Júlio disse em entrevista a reportagem que todas as possibilidades seriam investigadas, uma vez que a documentação para a transferência do preso estava pronta e Adriano deveria ser recambiado para o Vale do Paraiba, de onde era fugitivo. “Vamos apurar tudo, se houve facilitação ou não e os culpados serão responsabilizados”, declarou o diretor na época. O prazo inicial para as investigações era de 30 dias.
Decorrido o prazo de um mês em um novo contato com a reportagem, o diretor do presídio anunciou que o caso está sendo conduzido por uma equipe da Diretoria Geral de Intervenção, coordenada por Luiz Carlos Danúzio, em Belo Horizonte. Embora estivesse na capital na semana passada para tratar de vários outros assuntos, Júlio Rodrigues disse que não tinha novas informações a acrescentar. “Aguardamos para os próximos dias que haja a divulgação do parecer das investigações com o resultado do que foi apurado”, comentou. Desta vez ele não comentou sobre eventuais punições dos guardas que estavam de trabalho e em serviço no dia e horário da fuga.
Mesmo sem relacionar com a situação da fuga, o diretor do presídio confirmou ao Jornal do Sudoeste que no dia 3 de janeiro de 2011 houve uma operação pente fino no presídio de Paraíso. Os presos foram levados para o pátio e submetidos a uma revista. Também foi realizada uma varredura em todas as celas em buscas de rogas e aparelhos celulares. “Foi uma força tarefa e demonstrativo de força, mas não foi encontrado nada de irregular”, resumiu. A operação contou com cerca de 50 agentes e 10 viaturas oriundas de vários municípios do Sul de Minas, situação que chamou a atenção de populares e moradores da região do presídio, devido ao grande aparato.

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