domingo, 16 de janeiro de 2011

Bíblia e crucifixo são retirados do gabinete de Dilma no Planalto.


Matéria da Folha de São Paulo, levada a público no Domingo, 09 de janeiro de 2011, traz a notícia afirmando que Dilma fez mudanças no gabinete presidencial. A principal, claro, é a retirada de símbolos religiosos do gabinete. Normal, ainda mais se levado em consideração o fato de o Brasil ser uma nação de estado laico.
"Bem no meu ponto de vista quem trabalha naquele local e ela e não eu, então ela coloca ou tira que quiser.Só Palavras"

O laicismo é uma doutrina filosófica que defende e promove a separação do Estado das igrejas e comunidades religiosas, assim como a neutralidade do Estado em matéria religiosa. Não deve ser confundida com o ateísmo de Estado. Os valores primaciais do laicismo são a liberdade de consciência, a igualdade entre cidadãos em matéria religiosa, e a origem humana e democraticamente estabelecida das leis do Estado.

Esta corrente surge a partir dos abusos que foram cometidos pela intromissão de correntes religiosas na política das nações e nas Universidades pós-medievais. A afirmação de Max Weber de que "Deus é um tipo ideal criado pelo próprio homem", demonstra a ânsia por deixar de lado a forte influência religiosa percebida na Idade Média, em busca do fortalecimento de um Estado laico. O laicismo teve seu auge no fim do século XIX e no início do século XX.

A palavra laico é um adjetivo que significa uma atitude crítica e separadora da interferência da religião organizada na vida pública das sociedades contemporâneas. Politicamente podemos dividir os países em duas categorias, os laicos e não laicos, em que nos países politicamente laicos a religião não interfere diretamente na política, como é o caso dos países ocidentais em geral. Países não laicos são teocráticos, e a religião tem papel ativo na política e até mesmo constituição, como é o caso do Irã e do Vaticano, entre outros.

Portanto, os estados laicos se contrapõem aos teocráticos. Estados teocráticos têm suas ações pautadas em religiões seguidas pela maioria da população e impostas aos demais cidadãos. Entretanto, estado teocrático e democracia não combinam. Todo cidadão tem o direito de seguir a religião que melhor lhe convier e também tem o direito de não seguir à religião nenhuma.

Talvez apareçam algumas críticas a presidenta, críticas em razão de ela ter-se declarado católica; algo não verídico, pois, foi notório o episódio em que ela não sabia nem fazer o sinal da cruz durante uma missa.

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