sábado, 20 de novembro de 2010

Palladino, ex-Panamericano, participa de 21 empresas

Em levantamento feito pelo iG em dados da Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp), o executivo Rafael Palladino, ex-diretor superintendente do Banco Panamericano, afastado do cargo após a revelação de um rombo no valor de R$ 2,5 bilhões, aparece como sócio ou diretor de 21 empresas, cujo capital, somado, supera R$ 1,2 bilhão. São companhias registradas com valores que vão desde R$ 0,31 (Promove Eventos e Promoções) a R$ 1,1 bilhão (Banco Panamericano). Os ramos de atuação, além do financeiro, passam pelos setores de imóveis, postos de combustível, eventos e tecnologia.
Entre as companhias estão outras empresas ligadas ao grupo Silvio Santos, como a Braspag, além da Max América Negócios Imobiliários, que neste ano fez uma remessa de US$ 2 milhões para uma empresa de nome parecido, a Max America of Florida, sediada em Miami, nos Estados Unidos.
Diversas alterações societárias e movimentações financeiras foram realizadas na maior parte das empresas nos últimos anos. Advogados lembram que tais alterações são comuns no mundo empresarial, mas geralmente são alvo de investigações quando o contexto exige, como é o caso do rombo do Panamericano.
Entre os envolvidos nas movimentações realizadas estão não só Palladino, mas também outros ex-executivos do banco, como Wilson de Aro, que era diretor financeiro, e Luiz Sebastiao Sandoval, braço direito de Silvio Santos, além de empresas como a Silvio Santos Participações, holding do grupo, e a administradora de cartões de crédito do Panamericano. Ruth Ramalho Ruivo Palladino, mulher de Palladino, aparece como sócia de algumas das companhias.
Palladino é primo em primeiro grau de Íris Abravanel, mulher de Silvio Santos. Formado em educação física, foi professor da Universidade de São Paulo durante 12 anos antes de ser convidado para trabalhar como assessor do grupo Silvio Santos na área de imóveis, em 1990.
A companhia responsável pela remessa para o exterior é a Max America Negócios Imobiliários. A empresa, que tem como sócios a Max America Participações, a Max Control Evento e Promoção e Palladino, já teve a mulher dele, Ruth, como sócia. Ela ingressou na empresa em fevereiro de 2007, com participação de R$ 1,00, mas deixou a sociedade em novembro de 2009, com o mesmo capital. Na época da saída de Ruth da sociedade, o maior sócio era a Max America Participações, com R$ 2,194 milhões. A Max Control entrou com a mesma participação que era da mulher de Palladino. O capital social da empresa, inclusive, foi elevado em fevereiro de 2007, para R$ 2,194 milhões.
Segundo documentos da Max America, na assembléia realizada em 14 de maio deste ano, seis meses antes da descoberta do rombo no banco, os sócios foram unânimes em aprovar investimentos em reais equivalentes a US$ 2 milhões “a serem aportados” na Max America de Miami, constituída sob as leis norte-americanas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário