O resgate dos 33 mineiros presos deve começar à zero hora local (mesmo horário de Brasília) desta quarta-feira (13), disse o ministro da Mineração do Chile, Laurence Golborne.
Segundo o ministro, já foram iniciados os testes das cápsulas que serão utilizadas para resgatar individualmente os mineiros.
A cápsula já desceu 610 metros, 12 metros antes de chegar ao local ao qual os mineiros têm acesso, e os resultados foram muito positivos, disse ele em entrevista na Mina San José, próximo à cidade de Copiapó.
"A cápsula se comporta muito bem dentro do duto, se adapta ao movimento com o revestimento e sem ele. Não existe movimento de bamboleio dentro da cápsula. Não caiu nem pó dentro do duto", disse.
Quatro membros da equipe de resgate descerão pelo duto para ajudar, a partir da meia-noite desta terça-feira (12), os 33 mineiros a se preparar para o salvamento, e também serão os últimos a sair, informou ministro da Saúde, Jaime Mañalich, em coletiva de imprensa. Eles estão soterrados a 700 metros, na Mina de San José, no Deserto do Atacama, no Norte do Chile. "O primeiro socorrista vai ser um socorrista mineiro, depois um enfermeiro, seguidos por outro mineiro e enfermeiro", detalhou.
Antes havia sido informado que este trabalho seria realizado apenas por dois socorristas, um mineiro e outro paramédico da marinha chilena. O aumento no número de socorristas que vão ajudar os mineiros foi decidido porque a operação de içar os mineiros durará de um a dois dias e será necessário fazer turnos de trabalho.
"Estes quatro heróicos compatriotas vão permanecer lá até o final do resgate", acrescentou Mañalich. O ministro informou ainda que não será divulgada uma lista com a ordem de saída dos mineiros porque isso só será definido no momento que tiver o início o resgate.
Porem fontes não oficiais informam que o primeiro a sair deve ser o único mineiro de origem não chilena e o ultimo deve ser o líder do grupo de mineiros.
No primeiro grupo estarão quatro pessoas consideradas com melhor estado de saúde e mais ágeis. A ideia é que essas pessoas tenham mais capacidade de reagir a qualquer imprevisto.
No segundo momento, sairão os doentes, diabéticos, hipertensos, com problemas avançados de pele e cardíacos. “É óbvio que quem deveria estar no primeiro grupo seriam os doentes, mas eles não podem ser cobaias”, destacou.
No terceiro grupo estarão novamente as pessoas em melhores condições físicas que sairão por último da mina para ajudar na retirada dos doentes. Segundo o ministro, essa é uma operação inédita no mundo. “Isso nunca aconteceu no Chile ou em qualquer parte do mundo. Esse é o maior resgate da história da mineração”, afirmou.
O resgate dos 33 mineiros está influenciando até a economia das cidades próximasque estão superlotadas. Copiacó (a 42 quilômetros (km) da jazida), Baia Inglesa (a 22 km) e Caldera (a 20 km) não têm mais vagas em hotéis, motéis e nem trailers ou carros para alugar.
No local da mina, 2 mil pessoas permanecem acampadas. Dessas, 400 são parentes, há mais de mil jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas, além de técnicos que trabalham no resgate e voluntários para ajuda no salvamento.
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